quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Artes e Música nas escolas - para quê?

Arte e Música nas escolas
Quase sempre quando se pergunta para que serve o estudo de Artes nas escolas se chega a uma resposta: para distrair e descansar das outras disciplinas. Opa! Será isso mesmo? E então agora que teremos também o ensino musical? Será mais uma matéria para distrair e descansar?

Artes, ou Educação Artística, em suas diversas linhas como Dança, Teatro, Cinema, entre outras, e Educação Musical são componentes curriculares que propõem um aumento qualitativo no ensino e consequente melhor formação das pessoas. Além disso, são matérias também relevantes para a formação de pessoas com necessidades especiais. Conjuntamente com as matérias chamadas úteis como Matemática e Português, por exemplo, as aulas em diferentes áreas artísticas são necessárias na medida de, como dito antes, promoverem melhor formação das pessoas; mas como?

Essas matérias são importantes ao conduzirem as pessoas a um mundo chamado criativo. Em síntese toda manifestação é criativa, tudo está sendo criado constantemente, mas especificamente no caso das áreas artísticas o que se obtém, comprovadamente, é uma maior utilização da imaginação. Essa atitude de se criar melhor embasamento na área imaginativa das pessoas possibilita, por exemplo, novas conquistas na área de design de produtos e mesmo na transmissão de informações, como no caso da publicidade – que, apesar de ser um meio quase sempre visto como comercial conta, também, com a característica de ser plausível de utilização ideológica ou pessoal.

A imaginação é base para transformações, sejam tecnológicas, sejam sociais, sejam educacionais ou ainda investigativas. Que seria da humanidade se não houvesse criatividade? Possivelmente ainda estaríamos na Idade da Pedra.

Também se sabe que a área artística pode ser um recurso interessante na inclusão de pessoas com necessidades especiais. Muitas pessoas desenvolvem-se muito bem em várias áreas artísticas sendo cegas, surdas, portadoras de mobilidade reduzida ou mesmo de nível mental com características especiais. Aliás, ao se tentar padronizar as pessoas como sendo portadoras de necessidades especiais não se está dizendo – ou não deveria se estar dizendo – que essas pessoas têm alguma característica inferior; em realidade o que há é uma ou mais características que a tornam mais apta a realizar certas atividades. Ninguém é melhor ou pior por ter nascido deste ou daquele jeito – e há de se lembrar que o futuro é o instante seguinte e, dele, nada sabemos – portanto o que temos a fazer é sempre procurar aprender com quem já possui, por exemplo, força de vontade para realizações; mesmo que essas realizações pareçam super-humanas. Devemos ter cuidado com o preconceito de achar que por alguma pessoa “deficiente” estar realizando uma tarefa ela é uma sobre-capaz. Não é bem assim; é simplesmente a sua vontade de realização que a torna capaz. O que incomoda e muito as pessoas chamadas “deficientes” é o sentimento de pena que as pessoas chamadas “normais” costumam ter. Ao invés de chamarem-se as pessoas de deficientes por que não se as chama de eficientes? Sempre seremos eficientes em algo e deficientes em outras coisas. Afinal então quem é deficiente?

Complementando a área de Educação então com as disciplinas artísticas o que criamos é uma sociedade mais apta a produzir inovações, sejam em Artes em geral ou outras áreas do conhecimento. A segmentação em “disciplinas” é uma invenção de alguns séculos apenas. O ensino se feito de maneira mais ampla possibilita ao indivíduo que ele torne-se um ser mais bem preparado para as diversas situações que enfrentará ao longo de sua existência.

Voltando para o ensino, pode-se perguntar então, se a área artística é uma área importante da formação humana, como isso não é bem visto pelas pessoas em geral? O que se tem de informação é que o ensino dessas áreas requer pessoas bem capacitadas para sua transmissão e também uma política de aplicação em que não fique restrita à área escolar. Com mais espetáculos, mais exposições, mais fontes de apreciação artística, se criará uma sociedade que, de fato, poderá apreciar e desejar apreciar Arte. E, consequentemente, o ensino de Artes poderá ganhar mais qualidade e mesmo desejo de aprendizado. Afinal o Brasil, inclusive, é um país dotado de grande qualidade cultural. Nossa formação com povos nativos e de várias origens do planeta torna-nos únicos. Nem se pode dizer que nosso país é uma colônia cultural como se tenta rotular, pois em grande parte o que ocorre é a exportação de nossa produção material e imaterial artística.

Exemplo de boa qualidade para finalizar? Um trecho da bela letra/música “Rosa”, de Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha:

“Tu és, divina e graciosa estátua majestosa
do amor, por Deus esculturada
e formada com o ardor,
da alma da mais linda flor, de mais ativo olor
e que na vida é a preferida pelo beija-flor.”

Qualidade artística brasileira e internacional. Que possamos conduzir a Educação escolar artística em conformidade com laços cada vez mais auspiciosos e produtivos. Que a Arte e a Música sejam enfim tomadas como realmente necessárias às pessoas.

(publicado em: http://otrampolim.com.br/ler_noticia_colunista.php?catn=3&uid=214 - 20 de Janeiro de 2010 - Salto/SP)

Ilustração que fiz para esta postagem: "Arte, Música, Escola, Acessibilidade" - 2010.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Arte e Catarse

Arte, Catarse, Limpeza, Superação
A purgação de sentimentos através da Arte é aquilo que se convencionou chamar (aproveitando o termo em grego) Catarse.

O termo aparece primeiramente na “Arte Poética”, do filósofo Aristóteles, no capítulo VI. Alude ao estado de purificação, de purgação dos sentimentos e emoções de uma pessoa através de obras trágicas, por exemplo.

Em Psicologia o termo serve para distinguir uma nova etapa do procedimento de cura de uma pessoa. Este procedimento se dá quando o paciente em tratamento se vê diante de um fato que faz com que ele expurgue (coloque para fora) através de sua fala ou outra manifestação (como em recursos terapêuticos artísticos) seus medos e anseios e isso o possibilita finalmente “reconhecer” um estágio que estava de certa forma adormecido em seu inconsciente e então isso o auxiliará no seu processo de cura.

Visto assim, qual o papel da Arte?

A Arte pode auxiliar servindo como promovedora de um estado de auto-realização através de seu processo de purificação. Exemplo: ao assistirmos uma peça teatral, um filme, ou termos contato com outras manifestações artísticas, em que determinada personagem central passa por dissabores – quase sempre “causados” por si mesma numa ação desmedida, ou seja, uma ação equivocada, que resulta num estado que é conhecido como peripécia e que consiste de passar de uma situação inesperada, repentina, de felicidade para infelicidade, por exemplo – essa personagem ganha a simpatia de quem acompanha a manifestação e, por ser uma ação que se enfrenta indiretamente através dessa representação artística, podemos sentir quase sempre um alívio ao término da obra. Esse alívio é a catarse.

Simplificando: primeiro ocorre a identificação com a personagem, depois essa personagem passa por momentos mais ou menos trágicos para, finalmente, superá-los – em alguns casos, não – e essa trajetória faz o espectador sentir-se aliviado, assemelhando a um processo terapêutico.

Os procedimentos artísticos então têm sua razão de existir além do simples prazer de entretenimento; é, antes ainda, um procedimento de busca de soluções e alívio de sensações não boas aos indivíduos.

Traçando um paralelo temos a teoria do Psicólogo norte-americano Abraham Maslow sobre a hierarquia de necessidades. Essa hierarquia colocaria numa pirâmide diferentes estágios de necessidades (e realizações) pessoais. Na base estariam as necessidades básicas de sobrevivência que seriam alimentação, sono e outras atividades fisiológicas. Subindo nessa pirâmide os outros estágios avançam pelas necessidades de segurança, como moradia e segurança do corpo, ainda por necessidades afetivas como relacionamentos interpessoais, necessidade de estima, como respeito mútuo, confiança, e mais adiante estariam as necessidades ligadas às realizações pessoais como soluções de problemas individuais e coletivos, e, então, as necessidades estéticas como Arte.

Visto desta forma – através da leitura dessa pirâmide – poderia se concluir que as pessoas só apreciariam a Arte quando estivessem satisfeitas de outras necessidades. No entanto o que se verifica em alguns casos é que alguns indivíduos prezam muito o fator de preencherem sua necessidade de realização pessoal e também estética em primeiro lugar. Essa aparente inversão dos níveis da pirâmide pode ser explicada – em alguns indivíduos – naquilo que se pode rotular de sensibilidade aguçada. Mas não é por isso, nem para isso, que a Arte unicamente tem seu papel. O papel da Arte é antes ainda servir de realização humana. A Arte pode ser terapêutica, pode ser entretenimento (por que não?), pode ser meio de sobrevivência financeira, pode ser meio de desenvolvimento pessoal, pode ser resgate de valores, pode ser sinônimo de autonomia.

Podemos fazer e apreciar Arte em suas diferentes manifestações e compartilhar desse saber distinto humano, dessa fonte de vida, prazer, educação e congraçamento. Utilizemos o potencial que existe em nós para sermos não meros joguetes numa base piramidal; façamos com que as necessidades possam ser cumpridas e apreciemos Arte no seu devido valor. Realizemo-nos – catarticamente e artisticamente.

"Um músico deve compor, um artista deve pintar, um poeta deve escrever, caso pretendam deixar seu coração em paz. O que um homem pode ser, ele deve ser. A essa necessidade podemos dar o nome de auto-realização." – Abraham Harold Maslow (1908 – 1970).

(publicado em: http://otrampolim.com.br/ler_noticia_colunista.php?catn=3&uid=161 - 11 de Janeiro de 2010 - Salto/SP)

Ilustração que fiz para esta postagem: "Arte, Catarse, Limpeza, Superação" - 2010.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Arte e Dor

Vincent
Autopsicografia - Fernando Pessoa -

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa, como todo grande poeta e artista, procura nesse poema mostrar que a sua condição de poeta o permite demonstrar a dor que sente de uma maneira que é, hoje, reconhecida como artística. Mas, o grande poeta português para elaborar tal poema teve de fato que sofrer alguma dor ou é só invenção de sua frutuosa mente?

A Psicologia nos mostra que a dor, quando muito intensa, não pode ser simplesmente sanada com doses de otimismo ou mesmo com remédios diversos – essas ações podem auxiliar, mas também podem não ser a solução adequada.

A Arte em geral pode auxiliar em “tratamentos” de dor intensa – a dor em que a pessoa chega ao estado de depressão. Mas como?

Em várias áreas que cuidam das pessoas utilizando meios artísticos, como Pinturas em sanatórios (que foi grandemente desenvolvida no Brasil através da médica Nise da Silveira – Maceió, 15 de fevereiro de 1906 / Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999), os objetivos são, em geral, de busca e compreensão do que está ocorrendo com a pessoa para depois, somente depois, procurar “prescrever” alguma terapia condizente com o indivíduo.

O que também para uma pessoa pode ter grande resultado com música auxiliando-a a ficar mais calma, por exemplo, em outra pessoa pode não ter o mesmo efeito e, então, o tratamento não deve ser o mesmo, ou seja, para cada situação, para cada ser humano, uma música que sintonize-se com sua condição.

Para tanto, um exemplo: se a pessoa por vezes está extremamente angustiada ou triste, não se pode afirmar que ela sairá desse estado simplesmente procurando colocar para ela ouvir músicas com tom mais alegre e festivo; pois, por vezes, a pessoa “necessita encontrar-se antes” e isso, em alguns casos, é feito com músicas que tem um tom mais triste para depois que a pessoa conseguiu entrar em sintonia com esse estado musical poder ser trabalhado o lado mais alegre da ação com música.

Não se quer aqui, com este artigo, afirmar ou prescrever qualquer ação em Música ou outras áreas artísticas. Para isso existem os profissionais capacitados; mas convém lembrar que a Arte pode sim auxiliar na saída de um quadro depressivo ou de apatia.

Continuando, no paralelo entre Arte e Dor, muitos casos de artistas que tornaram-se grandes referências, e, se se notar sua trajetória de vida se verá que foram pessoas que passaram por grandes dissabores. Nem todo grande artista porém tem que obrigatoriamente ter sido uma pessoa depressiva em determinado momento de sua vida, mas... quando um pessoa tem algum grau de introspecção muito intenso ou mesmo chegando ao quadro depressivo pode ser que essa pessoa produza algo em Artes quando estiver saindo do quadro depressivo. Por isso também, pela possibilidade de expressão num nível em que a pessoa pode estar mais livre com a Arte é que as terapias estão voltando-se para os recursos de Pintura, Música, Dança e outras manifestações.

Não basta porém acreditar que a Arte pode curar todo mundo e pronto. Cada caso é um caso e isso tem que ficar bem dito e compreendido.

Finalizando uma nota aprendida com um Professor e Psicólogo: quando a pessoa está no quadro depressivo extremo – ou seja, no fundo do poço – não é sempre que ela consegue reunir forças para sair dessa situação; no entanto, quando ela já demonstrar que está reunindo forças também deve-se ficar bem atento com ela, procurando compreender o que ela está buscando, e se essa busca resultará em algo bom ou algo ruim, pois, nesse momento, ela sai com uma capacidade criativa e de força em geral que poder ser produtiva ou destrutiva. Sim, o momento em que devemos ter bastante atenção quando a pessoa está deprimida é, em verdade, quando ela está saindo dessa depressão pois ela nem sempre conseguirá ter um controle “lúcido” das energias que a estão impulsionando nesse momento.

Sair de um quadro depressivo, portanto, é extremamente necessário, mas sempre deve-se atentar para essa peculiaridade da força que a pessoa adquire e manifesta ser criadora ou destrutiva.

A Arte pode contribuir para diminuir a dor e, portanto, essa é mais uma característica que devemos levar em conta ao apreciar os grandes feitos de grandes artistas – talvez eles sirvam de exemplo enquanto pessoas que passaram por momento difíceis e que conseguiram superar através de sua Arte.

Como sugestão conheçam o trabalho de Nise da Silveira, a médica brasileira que revolucionou o tratamento de doentes mentais:

http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/

“Na arte de viver, o homem é ao mesmo tempo o artista e o objeto de sua arte, é o escultor e o mármore, o médico e o paciente.”
(Erich Fromm)

“A única diferença entre mim e o louco, é que eu não sou louco".
(Salvador Dali)

(publicado no Jornal "ExpressArte" - edição número 6 - Janeiro de 2010 - Salto/SP)


Imagem para esta postagem: "Vincent" - Óleo sobre tela - 1993 - de minha própria autoria.

Mozarts Assassinados

Arlindo
Mozarts Assassinados - lembrando Antoine de Saint-Exupéry |

Sempre procuram alguns dizer que Arte e Cultura são somente bibelôs – ou seja, enfeites “bonitinhos” e cativantes - na existência humana. Será? O que são os Artistas; o que são as Pessoas?

Antoine de Saint-Exupéry foi um aviador-escritor que fez, entre tantos feitos, grandes obras-primas como “O Pequeno Príncipe” e “Terra dos Homens” - neste segundo ele nos falará, no finalzinho do livro, sobre os “Mozarts assassinados”.

Discorre, o grande escritor, sobre a singeleza de uma criança que ele viu num trem em viagem pela Europa. Eram as pessoas presentes nesse trem, em grande parte, migrantes em busca de melhores condições de vida, de trabalho; e que no entanto, após terem servido por algum tempo numa região, tinham que novamente migrar para outros locais, ou tentar uma volta para a antiga pátria. As pessoas mais velhas, e incluíam-se os pais dessa criança, não tinham mais as formas belas e cheias de vida como as da criança. E, essa mesma criança, que o escritor compara a um Mozart em potencial, passaria pela “máquina de entortar homens” - ou seja, pelos dissabores de uma vida sem grandes realizações pessoais - servindo a criança unicamente de mais uma peça da grande engrenagem desumana que a sobrevivência do mais forte impõe.

Isso seria de algum modo modificado pela Arte e Cultura? Isso é um ponto que o autor irá citar sutilmente através da comparação da criança com Mozart: todos os seres podem ser Mozarts (e essa é a comparação que ele faz - e ao invés de Mozart poderia ser qualquer outro artista, erudito ou popular). E, se todos podem ser Mozarts, por que, de fato, isso não se concretiza? Por que são assassinados?

Vive-se numa máquina que procura tirar a capacidade criativa dos homens. Uma pessoa pensante e criativa nem sempre é vista como útil - pois ela não “se adéqua ao sistema”. Com o questionamento e com a criatividade aumentados, o homem sempre ficará mais atento ao que lhe acontece.

Provoco: não é interessante então que o homem tenha seu lugar ao sol da Cultura (não é?). Se isso for buscado corre-se o “risco” de se criar uma sociedade mais e mais lúcida (luz) e autônoma. Uma das formas de controle sutil é simplesmente negar o direito de Arte e Cultura; e isso, como escrito, é sutil: coloca-se uma condição que seja “oficiosa” de planejamento cultural mas que em verdade é para procurar subordinar a vontade popular a uma vontade direcionadora e restritiva. Todos os dias os Mozarts são assassinados pela não abertura de frentes culturais e outras.

Voltando ao texto do livro “Terra dos Homens” o autor cita o exemplo de uma roseira: quando se encontra uma nova com características sublimes o que se faz? O jardineiro procura cercá-la de todos os cuidados para que ela produza novas e belas rosas. Mas por que com os homens isso não ocorre?

Naquele vagão de trem em que ele está, ao contemplar a face da criança (e nós podemos imaginar isso), o autor fica indignado ao constatar que a humanidade cria sua própria maneira de transformar homens em barro - a vida que existe dentro de cada um, o sopro divino - ficou aprisionado nessa massa cada vez mais feia.

A roseira, cultivada (Cultura), é mais importante que as pessoas? Não deveriam ter as pessoas as mesmas condições de desenvolvimento?

Sejamos artistas, e, mais ainda, sejamos ativistas de Cultura. Façamos com que o barro que guarda o sopro vital possa ser remodelado e torne-se o que ele tinha em Potência quando feito o Ato de sua criação: seja verdadeiro artista, seja verdadeiro humano, dotado em sua essência da divindade que o fez. Não criemos uma sociedade de autômatos (ou seja, sem discernimento próprio); criemos uma sociedade em que as pessoas cultivem-se enquanto artistas e ativistas.

Nem todos serão artistas e, o que deve ficar compreendido, é que o que se perde todos os dias são os Mozarts enquanto capacidade de enobrecimento da humanidade. Toda profissão, toda ocupação é digna e necessária. Todos somos Mozarts; todos somos, em algum grau, pessoas que têm em sua essência a qualidade positiva incentivada ou destruída pelas circunstâncias e por nós mesmos. Fiquemos, no entanto, atentos e cientes que a contribuição cultural provém de nós mesmos. Não destruamos os Mozarts que nascem todos os dias; e, os que conseguirmos resgatar, resgatemos. A Arte e Cultura podem contribuir - mas sejamos atentos e responsáveis.

"Só o Espírito, soprando sobre a argila, pode criar o Homem." - Antoine de Saint-Exupéry

(publicado em: http://www.otrampolim.com.br/ler_noticia_colunista.php?catn=3&uid=127 - 05 de Janeiro de 2010 - Salto/SP)

Fórum Permanente de Cultura, Conferência...

Arlindo
Fórum Permanente de Cultura, Conferência Municipal de Cultura e Pontos de Cultura. |

Salto sempre foi conhecida como uma cidade produtora de Artes e Artistas. Essa característica é, em grande parte, uma extensão de seu processo de formação histórica, social e, logicamente, artística.

Neste artigo será abordada essa temática e o que ela representa enquanto contribuição para o desenvolvimento da cidade, do estado, da nação.

Atualmente a cidade passa por um período que demonstra ser promissor enquanto “continuador” desse já “valor”. Temos, para participação livre de toda a cidade, o Fórum Permanente de Cultura, que acontece em várias reuniões mensais no Espaço Cultural Barros Junior, com presença de pessoas ligadas aos setores artísticos, empresariais, educacionais, filantrópicos, entre outros. Uma realização concreta desse Fórum – onde se procura discutir e programar ações na esfera cultural da cidade – foi a realização da 1ª Conferência Municipal de Cultura. Nessa Conferência o que se discutiu foi a importância da Arte, da Educação, da Economia Criativa, da Gestão dos Recursos Públicos, das formas de valorização artística e profissional dos setores envolvidos diretamente com a chamada CULTURA. Ora, Cultura não é somente o fazer artístico de um povo; é, antes de tudo – tomando-se o exemplo etimológico da palavra, ou seja, a raiz do seu significado – o ATO DE CULTIVAR. Cultivar valores, cultivar a memória, cultivar a educação, cultivar a história, cultivar... e então: zelar, promover, inventar, criar, programar...

Na Conferência, que ocorreu nos dias 23 e 24 de Outubro deste ano, teve-se a possibilidade primeira de travarem-se diálogos e buscar e propor soluções e alternativas ao que ainda não está de todo perfeito no tocante ao fazer artístico na cidade. Essa Conferência ocorreu ainda em outras 317 cidades do estado de São Paulo e também em quase todo o Brasil. Sempre, no que se pode conferir nas realizações das Conferências, o que ocorre é que parte da população que trabalha diretamente com Arte participa, mas, mas, mas, grande parte sequer envolve-se no diálogo! Isso é triste, pois se o artista deseja que “algo mude” por que ele próprio não o faz? Será que o processo histórico turbulento brasileiro e o fato de sermos um país chamado periférico criaram uma síndrome de “não dá certo”? Ora, o país teve um processo de desenvolvimento turbulento sim, mas por que não “arregaçar as mangas” e proporcionar ao país (a nós mesmos) a dignidade, respeito e grande, efetiva e positiva consideração que são merecidos e devidos? Fazemos o futuro através do nosso presente – se houve erros no passado, que isso sirva como experiência, ou seja, que sirva de lição, de aprendizado, de transformação...

Mas, retornando para o momento semi-presente: na Conferência o que também se viu foram grupos de artistas que realmente fazem Arte e chamam para si a responsabilidade. Grupos esses que formularam sugestões, que comprometeram-se com o SEU FAZER e que provam que Salto é sim, uma cidade de artistas. Aliás, a cidade é mais bem conhecida em outros lugares em que tive a oportunidade de estar – em razão da Conferência – como um “Celeiro de Artistas”.

Um dos lugares foi a Secretaria de Estado da Cultura onde, mais uma vez, Salto ficou bem representada: ela teve 3 de 4 projetos aprovados para serem Pontos de Cultura! Era inclusive grande a admiração – porém não parecia muita surpresa – das pessoas de outras cidades que foram no dia da divulgação dos novos 300 Pontos de Cultura do estado de São Paulo. Algumas, quando perguntavam-me de onde eu era, e eu respondia que era de Salto, cumprimentavam com os olhos brilhando pelo fato da cidade ter vários projetos aprovados sendo uma cidade tão pouco populosa. Bem citou Silmar Oliveira, maestro saltense, que faz também parte de uma das entidades dos projetos aprovados:

“Mas veja só que conta mais bonita:
Dos 300 pontos contemplados em todo o estado de São Paulo, 3 são saltenses, ou seja, 1% (um porcento)!
Que privilégio para nossa população, que representa aproximadamente 0,005% do total de habitantes do estado.
Parabéns não só à população saltense mas a toda a região, que irá colaborar e usufruir desses novos "pontos de cultura".”
in: http://culturasalto.blogspot.com/2009/11/habemus-pontos.html#comments

Mas o que vem a ser um Ponto de Cultura? Ponto de Cultura é um espaço onde já ocorre manifestações artísticas várias. É um local, por exemplo, onde existe uma singularidade importante na área cultural, um lugar onde há o fazer artístico e a vontade de continuar esse trabalho. Ponto de Cultura é uma área de manifestação artística popular em muitos casos formada por remanescentes de tradições antigas e quase esquecidas ou escondidas e que precisam ser DESESCONDIDAS (sim – palavra nova – criada pelo idealizador do programa Cultura Viva que abrange a ideia dos Pontos, Célio Turino). Célio Turino é Secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura e esteve na Conferência de Salto; registre-se: presença importante. Sua presença foi possível graças ao empenho de participantes do Fórum Permanente de Cultura de Salto. Nas reuniões do Fórum, que tem participação dos setores civis e público da cidade, são realizadas ações efetivas que procuram auxiliar os artistas, e consequentemente, o desenvolvimento da cidade. Outra pessoa de destaque presente na Conferência foi Carla Carusi Dozzi, então coordenadora dos Pontos de Cultura do Ministério da Cultura na regional do estado de São Paulo.

Após essa edição municipal ocorreu a Conferência Estadual de Cultura, que no estado de São Paulo, também foi a 1ª edição. Salto teve 4 delegados (fui um deles) – que são as pessoas que representavam o município e que estiveram no Memorial da América Latina em 26 de Novembro participando dos eixos temáticos, semelhantes aos que tivemos na cidade. Nessa ocasião um dos representantes (delegados) eleitos do estado para a 2ª Conferência Nacional de Cultura – que será realizada em Março de 2010, em Brasília – é Marcos Pardim, produtor e agente cultural, que representa também os Pontos de Cultura de Salto e o Pontão de Cultura de Itu, a Fasam.

Cultura, em Salto, então está ocorrendo de diversas formas e, na parte de troca de ideias e ideais a cidade conta com o Fórum Permanente de Cultura com suas reuniões sempre abertas a todas as pessoas interessadas em Cultura, na cidade. Por vezes também pessoas de outras cidades também participam das reuniões. Este artigo é ainda um convite para que mais e mais pessoas participem efetivamente desse processo que está ocorrendo na cidade. Não devemos somente esperar ou reclamar: devemos agir! Muitos agiram na Conferência, muitos agem com suas apresentações artísticas, muitos agem com suas obras, mas muitos, no entanto, agem solitariamente apenas – deveriam agir solidariamente. Devemos e podemos ser a transformação que queremos. Não é mero discurso, ou mero desejo. É possibilidade concreta.

Pontos de Cultura de Salto:
► Associação Cultural Corporação Musical Saltense
Ponto de Cultura - Espaço Cultural Barros Junior
► Associação de Formação Infanto Juvenil Múltipla - @FIM
Anselminhos - Pagadores de Promessas
► Corpo de Baile Cidade de Salto
Caminhos da Dança

Na região, também entre os 300 projetos selecionados:
www.bolhadesabao.org.br - Indaiatuba
► União Negra de Itu (UNEI) - Itu

Para mais informações sobre os assuntos tratados neste artigo:
www.culturasalto.blogspot.com - Blog sobre Cultura em Salto;
www.conferenciamunicipaldeculturasalto.blogspot.com - Blog sobre a Conferência de Salto;
www.twitter.com/CulturaSalto - Twitter sobre Cultura em Salto;
http://groups.google.com.br/group/cultura-salto - Grupo sobre Cultura em Salto;
www.barrosjunior.org.br - Site de um dos Pontos de Cultura de Salto;
www.fasam.org.br - Site do Pontão de Cultura de Itu.
Fórum Permanente de Cultura de Salto: Rua Dr. Barros Junior, 397 – Centro – Salto/SP – reunião de encerramento do ano, com confraternização, em 07 de Dezembro de 2009, Segunda-feira, 19h00. As reuniões são sempre abertas.

Nota sobre a edição de Setembro, no artigo “Música, Dança e Acessibilidade – Cegos e Surdos.” – onde está: Neste ano de 2009 comemora-se então 170 anos da criação e utilização do “Sistema Braille de leitura e escrita para Cegos”., o correto é: Neste ano de 2009 comemora-se então 180 anos da criação e utilização do “Sistema Braille de leitura e escrita para Cegos”.

(publicado no Jornal "ExpressArte" - edição número 5 - Dezembro de 2009 - Salto/SP)

(recorrigindo: "Nota sobre a edição de Setembro..." - o correto é Outubro)

Música, Dança e Acessibilidade – Cegos e Surdos

Violino e Arco
Neste artigo abordaremos uma questão atual e importantíssima: a Acessibilidade. O que ela vem a ser; sua importância; suas possibilidades de implementação; e correlações com a Música e Dança. Dividiremos em duas temáticas – uma sobre Cegos e outra sobre Surdos; não esquecendo que existem outras temáticas que poderão ser futuramente abordadas.

Cegos:
Um dos componentes que temos para auxiliar o aprendizado em qualquer estudo (ou Arte) é o sistema escrito. Em Música temos a conhecida Partitura, ou seja, um conjunto de linhas e sinais, que possibilita uma “leitura” e interpretação dos sons e silêncios. A isto se dá o nome de Musicografia. Ora, se é um sistema musical escrito (gráfico, de: grafia, escrita), até bem pouco tempo acreditava-se que a linguagem da partitura não poderia ser aplicada em pessoas cegas ou com baixa visão. Isso felizmente mudou, graças a um programa brasileiro de computador que possibilita que as partituras sejam transcritas para o Sistema Braille.
Um pouco de História: Louis Braille perdeu sua visão ainda criança, mas aprimorou e desenvolveu um método de escrita através da combinação de pontos no papel – na forma de relevo – em 1829. Neste ano de 2009 comemora-se então 180 anos da criação e utilização do “Sistema Braille de leitura e escrita para Cegos”. Comemora-se também o Bicentenário de nascimento de Louis Braille (1809).
Sobre o programa brasileiro de computador: o que ele faz, basicamente, é transcrever as partituras que seriam impressas em tinta em partituras impressas em Braille, em relevo; ou seja, tomar um modo de escrita e passá-lo para outro de maneira que mesmo cegos possam fazer uso de leitura; que no caso é tátil, com os dedos. Isso possibilita que os músicos e compositores cegos tenham um grande avanço técnico e interpretativo e que não dependam somente do ouvido para aprenderem música. Aliás, têm-se a errada noção que as pessoas cegas têm o sentido da audição melhor desenvolvido – isso nem sempre corresponde à realidade. Contribui também para a autonomia dos cegos no aprendizado de música pois não dependerão de serem auxiliados por outras pessoas que enxergam as partituras impressas em tinta.

Surdos:
Notadamente toma-se como um fator que contribuiu para a evolução – ao menos tecnicamente – da espécie humana, a questão da linguagem. Especificamente acredita-se que o desenvolvimento também cognitivo, ou seja, de se fazer associações mentais, ocorra através dessa interação social; melhor dizendo, a transmissão de conhecimentos e aprimoramento individual se daria em razão do sistema de comunicação exercido entre os indivíduos. Ainda hoje estuda-se se a comunicação sonora teria papel primordial nisso; e a linguagem oral é a que daria mais possibilidade de desenvolvimento, portanto. Note: isso é sempre estudo e como a Educação e a Ciência estão sempre pesquisando pode-se chegar a outras conclusões e possibilidades de ação, no futuro.
E, Música e Dança? Qual a relação que o surdo tem com elas?
O som, entendido como questão física, é uma vibração. Ora, quando um caminhão pesado – e que, também, mas não necessariamente, seja barulhento –, passa em uma rua, notamos sua presença mesmo que não o ouçamos. Ele produz vibrações no meio em que ele transita, ou seja, sobre o solo e no ar. Essa vibração, ouvida ou sentida, é a mesma – guardadas as proporções – que a música faz. Então, partindo desse princípio, é possível sim o surdo apreciar Música. O surdo sente a vibração em partes de seu corpo e isso tudo tem um ritmo, um balanço; e também tem intensidade, que é o forte e o fraco – para os ouvintes, o volume alto ou o baixo. Parte-se então para outra manifestação artística: a Dança.
Em Dança o surdo consegue acompanhar visualmente dançarinos ouvintes, pois estes são “guiados” pelo som. Mas isso não lhe dá a necessária autonomia – pois o surdo dependeria de ter sempre alguém para imitar. Agora isso está mudando, pois softwares estão sendo criados e utilizados para desenvolverem o senso rítmico de surdos ao possibilitarem a estes que aprendam ritmos de maneira visual independente e mesmo com vibrações de celular. Pode-se, portanto, apresentar Música e Dança para surdos e estes poderão desenvolver-se nestas áreas. Uma das recentes publicações e que faz parte da área, entre outras, desse desenvolvimento tecnológico, é a Tese de Doutorado de Teumaris Regina Buono Luiz, na Unicamp, que resultou em dois softwares (um dos quais disponível para Download com link neste artigo). Esses softwares mostram que é possível que os surdos tenham acesso à Musicalidade e, em extensão, à Dança.

Entra-se agora na temática da Acessibilidade.
A Acessibilidade procura demonstrar e verificar de que forma está sendo realizada a inclusão de pessoas que apresentam alguma característica específica e que são conhecidas como portadoras de deficiência. Muitas pessoas assim chamadas, porém, são muitíssimo mais eficientes que as que não são assim “rotuladas”. Sim, por vezes costuma-se rotular outras pessoas para se sentir um pouco “superior”... – grande erro!
A importância da Acessibilidade e Inclusão se dá em: 1. reconhecimento das diferentes capacidades das pessoas; 2. elevações da auto-estima, da auto-imagem, da auto-eficiência e do auto-respeito; 3. inserção de métodos que aprimoram o Sistema Educacional; 4. integração social de fato; 5. busca da eliminação de alguns pré-conceitos; 6. inserção no mercado de trabalho; 7. inserção e integração em Artes; entre outros fatores.
São pequenas e ao mesmo tempo grandes conquistas para a Humanidade. A inserção social das pessoas que apresentam características específicas é possibilitada pelas descobertas da Educação e da Ciência e, com estas linhas do pensamento humano, espera-se que a busca de melhor comprometimento com aqueles que nasceram ou adquiriram alguma deficiência seja, de fato, concretizada.

Conheça mais, utilize, divulgue:
A seguir, links sobre os temas abordados neste artigo com os programas e também instituições que desenvolvem excelente trabalho de inclusão:

Musicografia Braille:
http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille

Softwares desenvolvem senso rítmico de surdos:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/junho2009/ju432_pag05.php

Grupo de Pesquisas IMAGO – BPM Counter e outros softwares, como Mouse Lupa, Mouse Nose, IMAGOCR, para cegos, surdos e deficientes motores:
http://www.imago.ufpr.br/linuxacessivel.html

Fundação Dorina Nowill para Cegos:
http://www.fundacaodorina.org.br

Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” – Cepre / Unicamp:
http://www.fcm.unicamp.br/centros/cepre/index.php

Livros e filmes:
Conheça também o Neurologista Oliver Sacks – que escreveu vários livros (citados a seguir) sobre assuntos relativos a deficiências e sobre como as pessoas as superam, ou lidam com elas:
“Enxaqueca” (Migraine, 1970);
“Tempo de despertar” (Awakenings, 1973) – virou filme;
“Com uma perna só” (A leg to stand on, 1984);
“O homem que confundiu sua mulher com um chapéu” (The man who mistook his wife for a hat, 1985);
“Vendo vozes: Uma viagem ao mundo dos surdos” (Seeing voices: A journey into the land of the deaf, 1989);
“Um antropólogo em Marte” (An Anthropologist on Mars, 1995);
“A ilha dos daltônicos” (The Island of the Colorblind, 1997);
“Tio Tungstênio: Memórias de uma infância química” (Uncle Tungsten: Memories of a chemical boyhood, 2001);
“Oaxaca Journal” (2002);
“Alucinações Musicais (Musicophilia, 2007)”;
também neste vídeo que fala sobre “O incrível efeito da música sobre a gagueira cinética do mal de Parkinson” – mostra a importância da Música no tratamento de Parkinson e faz uma metáfora sobre gagueira e Parkinson (nota – gagueira não é considerada deficiência; é um distúrbio):
http://www.youtube.com/watch?v=yZpjiEMlFxA

E se a pessoa for cega e surda ao mesmo tempo?
Há também maneira de essa pessoa receber atenção e ser inserida no meio social. Existe uma linguagem especial criada que utiliza do toque dos dedos nas mãos para a comunicação. Há o filme “O Milagre de Anne Sullivan”, de Arthur Penn, de 1962, que mostra uma professora quase cega ensinando uma jovem que ficou cega e surda-muda aos seis meses de idade. Filme Baseado no livro autobiográfico "The Story of my Life", de Helen Keller, a jovem.
Há também o Documentário “As Borboletas de Zagosrk”, produzido pela BBC, em 1992 – este, no Youtube (6 partes), que mostra a Educação Especial. É um filme sobre uma escola para deficientes auditivos e visuais em Zagorsk, cidade próxima a Moscou. O filme faz parte de uma série chamada “Os Transformadores” -
Teacher's Story, A - Out of the Wilderness (1992);
Teacher's Story, A - Socrates for Six Year Olds (1992);
Teacher's Story, A - The Butterflies of Zagorsk (1992);
Links de “As Borboletas de Zagorsk” com áudio em Português:

http://www.youtube.com/watch?v=bA_GMtqUGeQ
http://www.youtube.com/watch?v=cTvvzBwhwvs
http://www.youtube.com/watch?v=NfkBsj2w0uA
http://www.youtube.com/watch?v=vLDROI206lw
http://www.youtube.com/watch?v=aLQ1wSbc_xY
http://www.youtube.com/watch?v=Snn6YixcU4U

Lembremos: a evolução só é possível graças às diferenças.

Arlindo G. Nicolau,
Webdesigner e Artista Plástico. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colaborador do Espaço Cultural Barros Junior e da ÁPC Art em eventos, propostas e temáticas.

(publicado no Jornal "Clave do Som" / atual "ExpressArte" - edição número 3 - Outubro de 2009 - Salto/SP)

Nota sobre a edição de Setembro (recorrigindo: Outubro), no artigo “Música, Dança e Acessibilidade – Cegos e Surdos.” – onde está: “Neste ano de 2009 comemora-se então 170 anos da criação e utilização do “Sistema Braille de leitura e escrita para Cegos”., o correto é: Neste ano de 2009 comemora-se então 180 anos da criação e utilização do “Sistema Braille de leitura e escrita para Cegos”.

Postagens

Arlindo

Sobre

Andrés Segovia / ano 2000 - Arlindo G. Nicolau Andrés Segovia - ano 2000 - 80 cm x 100 cm
Este blog é para postagens de Artigos que escrevi para a Imprensa.

Estudei Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp e trabalho com Webdesign, Artes e Educação. Sou também funcionário público municipal.

Na parte inferior da seção lateral - | Blogs | Twitters | Portifólio | - estão: 1. atividades culturais em que participo; 2. o currículo e outras informações como os trabalhos de sites desenvolvidos, design gráfico e pinturas em tela no então Portfólio Agnicolau.

A linha que adoto para escolha dos temas escritos para a Imprensa perpassa pelos campos de Arte e Educação.

No ano de 2009 participei de uma equipe que elaborou projeto para concorrer a um dos 300 novos Pontos de Cultura do estado de São Paulo. O projeto foi contemplado, entre os 1188 encaminhados, e tem aporte do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e tratará de temas ligados à Cultura, Sociedade, Educação e Meio Ambiente, e transcorre pelos anos 2010, 2011 e 2012. Informações são publicadas no site da Associação Cultural Corporação Musical Saltense e no blog do Ponto de Cultura Espaço Cultural Barros Junior.

As postagens referentes aos Artigos neste Blog obedecem a ordem de publicação na Imprensa.

Uma visualização com os links de todos os temas está em Postagens.

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No Portfólio, exemplos de:

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Produção de sites personalizados com ênfase na boa distribuição do conteúdo, fácil navegação, design exclusivo e excelente posicionamento em sites de busca.

♦ Design Gráfico:

Produção de Arte para Logotipos, Cartazes, Folders, Faixas e relativos à área.

♦ Artes Plásticas:

Produção primorosa de retratos. Aulas de desenho e de pintura em domicílio.


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Envolvimento em projetos culturais diversos e com a Cultura em Salto/SP:
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Atuação na elaboração, no desenvolvimento do projeto e na implementação:
Ponto de Cultura - Espaço Cultural Barros Junior; da Associação Cultural Corporação Musical Saltense.
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